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terça-feira, março 31, 2009

D. José Cardoso Sobrinho receberá prêmio por sua batalha pela vida

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É com muita alegria que recebi informações de que D. José Cardoso Sobrinho, o corajoso e incansável arcebispo de Olinda e Recife, receberá o Prêmio Cardeal von Galen, que é concedido pela Human Life International às personalidades – especialmente Prelados – que se destacam na defesa da sacralidade da vida conforme os ensinamentos católicos verdadeiros.

O prêmio leva o nome do Cardeal Clemens August von Galen, que foi bispo de Munique, Alemanha, durante o período do regime nazista. De forma corajosa, colocando em risco sua própria vida, o cardeal foi uma das mais ferrenhas vozes a denunciar os abusos do regime totalitário, o extermínio de seres humanos incapacitados e deficientes, a perseguição aos judeus, etc.


D. José, por sua corajosa defesa da vida dos gêmeos que foram abortados sob os aplausos de muitos, fez jus a esta homenagem. Enquanto a grande mídia e várias ONGs faziam o trabalho sujo de criar cortinas de fumaça para abafar a morte cruel de duas crianças, D. José nadava contra a corrente, até mesmo contra o catolicismo flexível de muitos, e fez todo o possível para que a vida de todos os diretamente envolvidos fosse preservada.


Parabéns a D. José e a todos os religiosos e leigos que lutaram o bom combate contra a Cultura da Morte!

sábado, março 28, 2009

Pe. Thomas J. Euteneuer: Artigo de membro do Vaticano necessita de pronto esclarecimento

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Abaixo segue uma tradução livre do artigo do Pe. Thomas J. Euteneuer desta semana, divulgado na e-Newsletter "Spirit & Life". Pe. Thomas, que é o presidente da Human Life International, discorre sobre o caso de Alagoinha e a desastrada intervenção de Dom Rino Fisichella -- e outros prelados -- sobre a questão.

O original pode ser lido
aqui.



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Artigo de membro do Vaticano necessita de pronto esclarecimento


Não é nenhum segredo que os mliitantes pró-vida, ao longo dos anos, não tem podido contar com o apoio de muitos membros do clero em questões referentes à defesa da vida, mas, até agora, temos conseguido apoio de vários órgãos do Vaticano para uma clara, consistente e correta defesa da vida. Uma declaração feita há duas semanas por um alto membro da Santa Sé sobre um aborto no Brasil, contudo, causou espanto em muita gente, e está causando uma grande preocupação pelo seu impacto na forma como a Igreja poderá defender a vida por todo o mundo. Solicito vossas orações para que a Santa Sé esclareça e corrija esta situação o quanto antes, para que não haja mais danos.

O incidente em questão envolve -- inacreditavelmente -- o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Arcebispo Rino Fisichella, que deu uma declaração, em 15 de março, criticando um bispo no Brasil que acertadamente declarou estarem excomungados os médicos que fizeram um aborto em uma menina de 9 anos que estava grávida devido a um estupro. A menina estava grávida de gêmeos e desta forma foram abortados dois bebês. Apesar de sua pouca idade, ela não estava em sério perigo (de acordo com o hospital), e tampouco seus bebês. Mesmo se ela estivesse em perigo, o aborto teria sido imoral porque a morte direta de um inocente jamais é permitida. Mesmo sem explicitar que a Igreja condena inequivocamente o incestuoso ato cometido contra a pequena menina, contudo, a questão da excomunhão dos que fizeram o aborto permanece por si mesma e merece aplauso, e não críticas feitas por outros prelados. Infelizmente, o Arcebispo Fisichella não foi o único bispo a criticar publicamente a decisão do bispo brasileiro em aplicar a Lei da Igreja.

A inocente menina, desta forma, tornou-se o centro de uma tempestade criada pela indústria do aborto, que instrumentalizou sua vitimização para promover o aborto no Brasil, onde ele é atualmente ilegal. Infelizmente, a intervenção do Arcebispo Fisichella deixou a impressão de ser uma declaração semi-doutrinal, coube como uma luva nas mãos dos abortistas por parecer dar permissão para o aborto em situações-limites similares. O Arcebispo Fisichella não estava dando desculpas para o aborto em si em tais casos, mas devido a uma infeliz escolha de palavras em seu artigo, como era de se esperar, no mesmo dia em que o Arcebispo Fisichella publicou sua declaração, a Associated Press assim entitulou seu próprio artigo: "Prelado do Vaticano defende aborto para menina de 9 anos". O mundo observa e escuta o que vem do Vaticano por causa da enorme autoridade moral e espiritual da Santa Sé; e, da mesma forma, por causa da responsabilidade quando são feitas declarações em nome da Igreja Católica.

Eu aplaudo a maior parte do que foi feito neste caso pela diocese local no Brasil, e rezo para que todos os bispos tomem isto como um exemplo da forma certa de tratar com uma situação pastoral muito dificultosa. Os créditos devem ir para o Arcebispo José Cardoso Sobrinho e vários outros padres desta diocese por terem providenciado um generoso cuidado pastoral para a família durante o terrivel problema. Na verdade, quando a menina foi transferida para um hospital distante 230 km de sua paróquia, seu pároco viajava tal distância todos os dias para visitá-la e para assegurar à família que a Igreja providenciaria todo o cuidado possível para as três crianças vulneráveis.

A grande ironia em tudo isto é que, enquanto obtemos pouco ou nenhum apoio por parte de altos membros da Igreja para corrigir bispos que sejam negligentes em sua missão de guardar a fé e seu rebanho, neste caso o bispo fez exatamente o que era certo sobre a questão da excomunhão, e ele foi por isto criticado por um alto membro do Vaticano.

A mera aparência de uma concessão do Vaticano neste assunto veio no pior momento possível na atual situação cultural e política na América Latina. Este continente católico é um alvo especial das agressivas forças da cultura da morte; desta forma, a última coisa que precisamos é que a Igreja mostre-se fraca ou dividida sobre nossos ensinamentos ou nossa resolução em lutar contra os promotores da morte. A Igreja Católica e sua divina autoridade é em muitos lugares o único escudo que os não-nascidos têm para manter longe os abortistas e seus instrumentos de morte. Oremos para que o Vaticano retifique seu erro e que fortifique este escudo sem demora. Os não-nascidos do Brasil assim como os de outra parte do mundo contam conosco!

Rev. Thomas J. Euteneuer,
Presidente da Human Life International

sexta-feira, março 27, 2009

Oração à Santa Gianna Beretta Molla

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Recebi através de um comentário uma belíssima oração à Santa Gianna.

Continue lendo:

https://contraoaborto.wordpress.com/2009/04/27/oracao-a-santa-gianna-beretta-molla/

quinta-feira, março 26, 2009

Do Blog A IGREJA UNA E SANTA: Como um Bispo deve se portar – Exemplo de Dom John D'Arcy

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Recomendo a leitura de uma excelente postagem no blog do Danilo Augusto, que sempre faz comentários muito pertinentes sobre a situação da Igreja no Brasil.

Desta vez ele nos traz a informação sobre as atitudes exemplares do bispo norte-americano, D. John D´Arcy, que criticou fortemente a direção da prestigiosa Universidade de Notre-Dame, uma das mais tradiocionais universidades católicas daquele país.

O blogueiro Danilo faz uma pertinente comparação com nossa situação, na qual as PUCs estão infestadas de abortistas e pessoas que utilizam de um espaço disponibilizado pela Igreja para corroer-lhe por dentro.

Destaco um trecho:
"E a nobre presidência da CNBB, envolvendo-se sempre em casos tão desnecessários como Reforma Tributária, Agrária, Dia da Água, etc e deixando temas como Aborto, ditadura gayzista, ensino socialista e tantos outros (patrocinados pelo governo) de lado, não estaria escolhendo o prestígio e preterindo a Fé? Creio que sim...

Se Dom D’Arcy faz uma objeção de consciência no caso Obama, nada mais justo (e necessário) que façamos uma objeção clara sobre a CNBB! Não podemos fechar os olhos aos abomináveis erros cometidos por essa egrégia instituição só porque nela estão filiados os nossos bispos diocesanos. Alguns acreditam que ir contra a CNBB é ir contra a Igreja! Ora, mas se a CNBB está diametralmente oposta ao catolicismo, então como resolver essa questão? Amar um significará rejeitar o outro. Eu fico com a Igreja, e você?"
Perfeito! Também fico com a Igreja.

quarta-feira, março 25, 2009

Os aplausos da patota

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O artigo do sociólogo Luiz Alberto Goméz de Souza sobre a questão da menina-mãe de Alagoinha é péssimo em todos os pontos por ele abordados. Desde a vã e inútil tentativa de tentar fazer seu público crer que o Arcebispo D. José Cardoso Sobrinho excomungou alguém -- o que é mentira, pois a excomunhão para o gravíssimo crime do aborto é automática -- até a tática ridícula de trazer chavões anti-católicos à baila como forma de sensibilizar ainda mais o público, que já está mais do que justamente sensível para casos desta natureza.

O artigo fica pior ainda quando o que lemos partiu da pena de um católico, que é como o professor se apresenta. Mas o catolicismo do sociólogo é um catolicismo peculiar... É um catolicismo que manda às favas a correção ao abordar um tema tão delicado quanto o de excomunhões. É um catolicismo que acusa um prelado de falta de compaixão sem nem antes se inteirar dos fatos que envolveram um fato delicadíssimo. É, enfim, um catolicismo que clama ser compassivo enquanto silencia sobre o final trágico que duas vidas inocentes tiveram.

É coisa muito estranha mesmo um tal catolicismo... Mas não é que tal catolicismo tem fãs?

O artigo do sociólogo recebeu alguns comentários no site "Amai-vos", a maioria elogiando-o. Alguém consegue imaginar uma coisa destas? É escrito um artigo que prima pela falta de correção, que traz à tona um relativismo tamanho que chega ao absurdo de insinuar que a prática do aborto, que desde sempre foi matéria de sérias condenações por parte do Magistério, possa no futuro ser aceita, pois, segundo ele, o desenvolvimento doutrinário pode chegar a este ponto.

É um absurdo deste digno de elogio? Infelizmente, há gente que acha que sim.

O texto do sociólogo é uma peça que não consegue passar uma única informação que não requeira contraponto que mostre a verdade, mas que faz uma tietagem explícita de um falecido bispo, coisa que beira muito mais a idolatria do que uma saudável veneração a um sucessor dos apóstolos.

Mas é este texto absurdo, que ao invés de cerrar as fileiras junto à ortodoxia e ao cuidado demonstrado por D. José e por outros religiosos que estiveram envolvidos no doloroso caso da menina de Alagoinha, cuidado que tiveram com as três vidas que teriam seus destinos resolvidos por um crime hediondo que se seguiu a uma violência absurda do padastro da menina. Mas que nada! Quem se importa com o destino de duas crianças que foram parar em sacos plásticos após violentamente expulsas do ventre de sua mãe? O que importa mesmo é mirar na figura do bispo que teve a coragem de, enfrentando toda a mídia e ativistas de organizações abortistas, enfrentando até mesmo a flacidez de católicos de IBGE, que em momentos assim posam de verdadeiros católicos, mas que se esquecem até mesmo do mandamento "Não matarás".

É esta peça que recebe elogios?

Mas a coisa piora... E piora muito. Dentre as quatro primeiras pessoas que resolveram utilizar seu tempo para elogiar este artigo nada menos que três são padres. Sim... É isto mesmo. Três padres elogiam com palavras melosas o artigo do renomado professor, um artigo que pode fazer as alegrias de um catolicismo que se diz "progressista", mas que, na verdade é um catolicismo que mostra-se retrógrado ao ponto de relativizar a condenação ao aborto, condenação esta que já havia naquele que é considerado o primeiro catecismo da Igreja, a Didaqué.

Pois é... No afã de elogiar a patota, os "progressistas" chegaram ao ponto de negar uma doutrina moral já explicitada desde os primeiros tempos do cristianismo! E isto lá é progressismo? É, antes, o mais claro exemplo do quão retrógrado vai o pensamento de tais pessoas.

Um dos padres elogiantes chega ao ponto de escrever o seguinte:
"(...) Só quero saber quando o Vaticano vai disser a esse senhor de "frialdade no semblante" e no coração que deixe de ser arcebispo e deixe de estar na fila dos que quiseram apedrejar a mulhar adultera e que começe um tratamento de psicoánalises."
Aquele que o padre chama de "senhor de frialdade no semblante" foi o mesmo que, bem antes de importar-se em ser julgado não só pela mídia anti-católica, mas também até por seus irmãos no sacerdócio, foi dos poucos que se bateu contra tudo para preservar as vidas dos três diretamente envolvidos. E é deste corajoso bispo que o padre vem e diz que ele atiraria pedras na adúltera? Será mesmo, padre? Será que é o Arcebispo de Olinda e Recife que necessita de tratamento ou são aqueles que vivem um catolicismo que relativiza até mesmo o "Não matar"?

E um outro padre, após tecer os elogios de praxe, sai-se com esta:
"(...) que pena que muitos entendidos e formadores de consciencia pouco manifesta em algumas questões da vida, ética, moral, justiça! na nossa Igreja e sociedade! o texto bilblico apresenta a maior vitude é a Caridade! "
Sim... O padre lamenta que mais gente não siga o exemplo do sociólogo Luiz Alberto Goméz de Souza em escrever um artigo destes! É coisa para se pensar... Um arcebispo, demonstrando uma firmeza moral digna dos profetas, um prelado que não tremeu diante dos microfones que o cercavam, e que -- que isto fique claro! -- nada mais fez que explicitar a todos o que a Santa Igreja ensina, este não é digno de elogio. Para o padre comentarista parece que quem é digno de elogio, que quem é caridoso mesmo é quem esquece-se de duas crianças trucidadas sob a desculpa de que colocavam em risco a vida de sua mãe. Já o arcebispo, não; este não merece elogios, não é mesmo? Que audácia ele lutar com suas forças para preservar a vida das 3 crianças! Francamente, isto não funciona nem mesmo como aritmética.

As opiniões de comentaristas não-sacerdotes no geral vão de mal a pior. Nota-se em todas o viés meloso, uma coisa que só quem faz parte da patota pode entender. Um destes comentaristas, do alto de sua credencial de católico praticante, sai-se com esta:
"(...) Sou católico praticante e trabalho com crianças e adolescentes, muitos destes vitimados. A atitude do bispo senão ridícula, não atinge o cerne da questão. É um obtuso. Primeiro porque ser excomungado nos dias de hoje...e depois porque não mediu a extensão de sua atitude, ou melhor, mediu sim, sua soberba em querer mostrar poder e por fim ficar conhecido. A CNBB deveria avaliar com urgência a aposentadoria deste insano, antes a avalanche de debandada de fiéis para outras denominações, senão melhores, ainda mais oportunistas. "
Faltou o comentarista dizer qual o cerne da questão, pois muitos, inclusive D. José, pensavam que era a vida de três crianças... E ele ainda faz pouco caso da excomunhão. Não sei qual o tipo de catolicismo tal pessoa pode praticar, mas provavelmente é do tipo que nem mesmo entende o que seja e qual a finalidade de uma pena grave como a de excomunhão. Talvez por estar envolvido na prática deste tipo de catolicismo especialíssimo é que o comentarista ignore que a pena de excomunhão tem uma finalidade, entre outras, didática, para que tanto o pecador seja levado a compreender a gravidade de seu ato quanto os fiéis mantenham firme no coração a fealdade do ato cometido.

Mas para o comentarista nada disto importa. Seu catolicismo já decretou que excomunhões não cabem nos dias atuais! Faz sentido... O que cabe mesmo é o esquecimento de que duas crianças foram parar em sacos plásticos como meras evidências criminais. Viraram objetos... Mas quem se importa, não é mesmo? Ah, quem se importa é um D. José Cardoso Sobrinho, este mesmo que o comentarista chama de "soberbo", de "insano", que acusa buscar apenas poder, fama.

Falta lógica no comentarista... Se o arcebispo buscasse mesmo fama, seria fácil: era necessário apenas proceder exatamente como o sociólogo lhe orientasse. Ele, o arcebispo, ganharia muito. Ganharia as manchetes de jornais, ganharia elogios em sites de espiritualidade, ganharia, após sua morte, uma legião de seguidores que o idolatrariam. Ganharia muito! Provavelmente, perderia o Céu... Ah... Mas não há nada como agradar a patota "progressista"!

E falta preparo ao comentarista... A CNBB não aposenta ninguém. O comentarista pode detestar D. José até a ponta da unha, pode enviar milhares de cartas à CNBB, pode fazer campanha, criar sites, escrever artigos e tudo o mais, que nada disto adiantará, pois a CNBB não tem nada a ver com a aposentadoria de bispos.

E os comentaristas seguem... Um deles, talvez envergonhado de se dizer católico, escreve o seguinte:
"(...) Considero-me ainda católico, em parte (...)"
E é este "católico em parte" que elogia o artigo do sociólogo! Que aconteceu ao "ou és frio ou quente"? Estes são os católicos do "mas"... São aqueles que, sempre que aparece uma questão polêmica, talvez com medo de nadar contra a corrente, apressam-se a dizer: "Sou católico, mas...". E segue-se uma quantidade enorme de asneiras, de coisas que jamais encontraram espaço no catolicismo, de coisas que hoje em dia chegam ao ponto de relativizar a rejeição ao aborto e que acham por bem "passar pito" -- como um dos comentaristas escreveu que seria necessário fazer com o "bispo reacionário" -- naqueles que tem a coragem de, em praça pública, bradar contra o absurdo do aborto de duas crianças.

Mas há esperanças! Comentaristas apareceram que ficaram chocados com os absurdos que já haviam sido escritos. E, como as vozes que deveriam clamar contra os absurdos se calam, até mesmo as pedras hão de falar! O leitor Emerson José de Freitas defendeu muito bem a posição realmente católica:
"Amigos, Muito se fala em misericórdia. Mas e a misericórdia com os gêmeos que foram mortos no ventre materno!?!? Ninguém na imprensa apareceu para falar sobre isto... Se a voz do Bispo se levantou para defendê-los é logo colocado como conservador retrógrado. Em nenhum momento o Bispo foi frio com o drama da menina grávida. O problema é que a imprensa realçou apenas a questão da excomunhão e esqueceu o resto. Além disso em nehum caso o aborto é permitido pela lei brasileira, o que acontece é que em alguns casos o ato deixa de ser punível como foi o caso."
Ele lembrou muito bem! Que misericórdia é esta que escolhe quem é digno de sua atenção? Por que tantos se esquecem da misericórdia para com as crianças mortas no ventre da mãe?

E, para finalizar, o leitor Paulo de Oliveira, joga uma pá de cal no relativismo dos comentaristas:
"Artigos como este tenho lido aos montes e a maior parte fala,fala e nada fica claro. A posição fica no "morno". Acontece que Jesus mesmo disse que ou sejamos quentes ou frios, porque o morno ele vai vomitar de sua boca. E esse medo de a Igreja perder católicos? Jesus não teve esse medo quando, ao anunciar a instituição da Eucaristia, viu a multidão que queria aclamá-lo Rei, pois havia multiplicado os pães, escandalizar-se e ir embora, ficando apenas os apóstolos. E Jesus desafiou: vcs também querem ir? O resto da história sabemos. Bem, há muito relativismo nesses comentários e na condenação o arcebispo. "
É isto mesmo! Quando a coisa fica difícil é que podemos ver com quantos poderemos contar. Uns querem torcer seus princípios para agradar multidões, para engordar uma patota; outros, preferem reafirmar as verdades, mesmo que lhes custe a popularidade, mesmo que lhes restem apenas uns 12 amigos ao lado.

Eu não trocaria estes 12 por nenhuma patota... Pena que haja quem troque.

terça-feira, março 24, 2009

Grande Ato Público de Defesa da Vida!

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Divulgo o 3o. Ato Público em Defesa da Vida.

Os paulistas devem fazer o possível para comparecer a este importante evento, que mostrará a nossos parlamentares a importância de serem rejeitados quaisquer projetos que busquem a liberação do aborto ou qualquer outro ataque à vida humana.

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Dia 28 de março de 2009, próximo sábado, 10 horas.

Praça da Sé, São Paulo, SP.

O sociólogo que vale pela opinião pública

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Abaixo segue uma resposta a um artigo do sociólogo Luiz Alberto Goméz de Souza sobre o caso da menina de Alagoinha/PE. O original do artigo pode ser lido aqui.

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Igreja Católica: anúncio de uma Boa Nova ou manifestação de rigidez doutrinária?

Pio XII, em 1950, disse ser necessária uma opinião pública na Igreja. Nem sempre é fácil realizá-la, quando se mantêm algumas estruturas autoritárias. Mas, além disso, há uma opinião pública na sociedade, que olha a Igreja Católica e a questiona. Nestes dias, amplos setores dessa opinião pública estão escandalizados com as declarações do arcebispo D. José Cardoso Sobrinho em relação ao aborto de uma menina de nove anos, estuprada pelo padrasto e grávida de gêmeos. Com particular dureza e frialdade no semblante, lançou fulminante a excomunhão sobre os que participaram do aborto, ao mesmo tempo considerando o estupro apenas um pecado, ainda que grave. Ora, já de mais atrás e pelo mundo afora, a opinião pública vem questionando a Igreja por ter tantas vezes acobertado casos de pedofilia de sacerdotes e até do fundador de um forte movimento eclesial, os Legionários de Cristo. Neste caso, o estupro do padrasto também é pedofilia sobre a menina e sua irmã. Já há, pois, uma atitude de desconfiança ou de suspeição diante de certos atos eclesiásticos. As cartas que chegam em grande número às redações dos jornais, que circulam em blogs e em e-mails, indicam na grande maioria perplexidade, espanto ou indignação. E depois a Igreja se queixa de perder fiéis ou de não conseguir realizar com êxito uma “nova Evangelização” (pregação da Boa Nova) fora de seus muros.


[O sociólogo Luiz Alberto Gómez de Souza mente. E esta mentira ganha em gravidade quando quem a profere é um sociólogo renomado, que, envolvido com questões religiosas no meio acadêmico, não pode de forma alguma alegar, como boa parte da mídia, ignorância sobre um assunto importante como são as condições de uma excomunhão. As reações da mídia refletiram desde a mais pura ignorância sobre o catolicismo até o mais baixo anti-catolicismo de um Arnaldo Jabor.

Nada disto pode alegar o sociólogo Luiz Alberto Goméz de Souza. Quando ele escreve que o Arcebispo de Olinda e Recife, D. José Cardoso Sobrinho, "lançou fulminante a excomunhão sobre os que participaram do aborto", o sociólogo bem sabe que está proferindo uma mentira. Não soubesse, não lhe caberia abordar um assunto do qual não entende.


O fato concreto é apenas um, como bem deve saber o sociólogo: D. José não fulminou ninguém com a excomunhão. O Código de Direito Canônico diz que esta pena é automaticamente imposta quando do próprio ato do aborto. D. José nada mais fez que esclarecer o que já é óbvio: estão excomungados todos os que participaram diretamente do procedimento. Se o sociólogo renomado quer se bater com alguém sobre a conveniência desta excomunhão, pois que se bata com o Magistério da Igreja.


Ou será que ele apenas se acovardou e achou mais fácil começar por um arcebispo? Faz sentido... Ainda mais quando vemos que o sociólogo ataca o arcebispo da diocese que foi comandada pelo ídolo de um catolicismo que se diz "progressista", mas que nada tem de realmente progressista, pois sua raiz é alimentada pelos nutrientes da mesma ideologia que só deixou cadáveres por onde passou. Pobre D. Helder Câmara... Duvido muito que ele aprovasse o (mau) uso que tantos fazem de seu nome.


O sociólogo aumenta sua mentira quando escreve que o arcebispo, sobre o estupro, o considera "apenas um pecado, ainda que grave". Em primeiro lugar, o renomado sociólogo parece querer adicionar aos seus títulos acadêmicos a qualificação de "perscrutador de corações", pois quer ser senhor até mesmo do que vai no coração de D. José. O estupro, e isto qualquer católico pode afirmá-lo, e não apenas o arcebispo, é um crime horrendo. É um pecado e um crime. E o aborto é igualmente um pecado e também -- mesmo que o sociólogo evite dizer tal verdade -- um crime. Pena que o sociólogo prefira prestar-se mais ao papel de advinho do que vai no coração de seu próximo do que mostrar-se interessado em jogar luz sobre a verdade.


Vem daí, deste pouco aprêço pela verdade, ao qual o sociólogo se entrega prazeirosamente, o luxo de pular do assunto excomunhão para o já tão famoso chavão de "padres pedófilos". Nada como agradar as manchetes de jornais, não é mesmo? E já que o professor, talvez deixando o sociólogo falar mais alto do que o católico, como ele alega ser, parece querer que a Igreja ajuste seus princípios à quantidade de cartas ou e-mails que são enviados aos jornais, talvez ele devesse se perguntar, em primeiro lugar, se se deve agradar aos jornais antes que a Deus.]



Hoje, a prescrição da defesa da vida “desde a concepção”, na doutrina moral da Igreja Católica, é relativamente recente, vem do século XVII para cá, confirmada por Pio IX em 1869 e repetida desde então. Mas no passado, para Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, a “animação”, chegada da alma ao embrião, se daria lá pelos quarenta dias da gestação. Volta hoje um grande debate entre teólogos e pastoralistas para repensar o tema candente do aborto, inclusive levando em conta os avanços das biociências. Não se trata de um dogma, mas de uma doutrina moral. E como ensinou o Cardeal Newman no século XIX, uma doutrina está sempre em desenvolvimento. Quando ele escreveu sobre isso, Gregório XVI e Pio IX – o mesmo citado acima – condenavam com violência e empregando fortes adjetivos, a democracia e a liberdade de imprensa. Hoje a Igreja pôs de lado essas restrições historicamente superadas. As normas do Código de Direito Canônico expressam uma doutrina vigente. Porém o próprio Código, tal como o temos hoje, foi elaborado apenas no começo do século passado, revisto depois do Vaticano II e no futuro, deverá ir se atualizando com possíveis mudanças doutrinárias. Temas como a interrupção de uma gravidez involuntária, a ordenação de mulheres ou o celibato sacerdotal obrigatório estão nas reflexões de especialistas e, principalmente, nos anseios de amplas bases eclesiais. Eles poderão ser revistos em futuros concílios ou com novos papas. Mas enquanto as atuais normas ainda estão vigentes, há que tratá-las com muito cuidado, discernimento, sentido de oportunidade, misericórdia e compaixão.

[O sociólogo em seu artigo vai por um progressismo estranho, um progressismo que comete o pecado de até mesmo negar as mais recentes descobertas da ciência. Além do que o sociólogo, católico como só ele sabe ser, relativiza o ensinamento do Magistério sobre o fato -- científico, diga-se de passagem -- que a vida inicia na concepção. Escreve o professor Luiz Alberto que a defesa da vida desde a concepção é coisa recente na Igreja. Esquece-se ele, porém, de informar também que o que havia no passado era uma dúvida quanto ao momento em que dava a "animação" do novo ser humano gerado, assim como esquece-se também de escrever que mesmo quando havia esta dúvida o ensinamento da Igreja jamais permitiu que a vida iniciada fosse deliberadamente eliminada. É bastante curioso como este ponto importantíssimo foi esquecido pelo professor.

O relativismo do professor Luiz Alberto vai tão longe que ele chega ao absurdo de insinuar que se tal e tal Papa defenderam posições já atualmente superadas em relação à democracia e à liberdade de imprensa, nada impede que imaginemos que a posição em relação ao aborto procurado seja revista no futuro. Deixando de lado a comparação, feita pelo professor, de uma questão fundamental como a vida de seres humanos a regimes de governo, é muitíssimo interessante que este advogue uma suposta legalidade canônica futura a atos ilícitos que hoje em dia são cometidos. Pelo raciocínio do eminente sociólogo, supostamente católico, poderemos talvez chegar à absolvição de Judas Iscariotes caso no futuro algum louco ache por bem que trair o Messias não é lá bem um pecado. Alías, segundo o pensamento relativista do professor, qualquer pecado cometido no presente sempre terá a esperança de virar ato lícito no futuro! Pequemos, pois, caro professor? É isto mesmo?]


Se para o bispo Cardoso Sobrinho, neste caso do aborto, a excomunhão se dá automaticamente, porque proclamar de maneira tão incisiva e sem considerações que deveriam ser mais pastorais e menos legais? Ele poderia facilmente ter previsto o escândalo ou a perplexidade que não deixaria de levantar. Pela legislação civil brasileira esse ato foi duplamente legítimo e estamos num estado republicano de separação entre Igreja e Estado. Certamente, o ato do bispo se dirige apenas aos católicos, mas além de causar reprovação na sociedade, criou mal-estar dentro da própria Igreja. A nota da CNBB a respeito, lida nas entrelinhas, mostra esse mesmo mal-estar dentro da instituição eclesiástica, quando se alonga no estupro como “ato insano”, lamenta o número de casos de abuso sexual e de violência e só na última frase vai falar a respeito da eliminação da vida de seres indefesos, citando um documento do regional do nordeste da CNBB ao qual o bispo pertence. Sem falar das indagações nas bases eclesiais, comunidades e pastorais.

[Nova mentira do sociólogo? Ou é o confundir seu método de ensino? A excomunhão, bem sabe o tarimbado sociólogo ou deveria sabê-lo ao abordar tal assunto, dá-se automaticamente independente do bispo A ou do bispo B. Aliás, a excomunhão automática a quem envolve-se diretamente no crime do aborto, independe da posição na hierarquia, vale para todo e qualquer católico. Se o católico Luiz Alberto Goméz de Souza quer criar um novo Código de Direito Canônico, nada o impede... Só não queira ser levado a sério como católico.

Tampouco importa, olhando sob a ótica católica, que para um verdadeiro fiel deve estar sempre acima de uma ótica meramente civil, tampouco importa que a lei atual -- esta, sim, volúvel aos ventos dos tempos -- afirme que um tipo de aborto não é punível (o que é diferente de legal..). A um católico isto importa bem pouco. Aborto é um pecado gravíssimo. Sempre foi e continuará sendo. E qualquer cristão pode chegar a tal conclusão ao pensar nas vidas inocentes que vão parar no lixo hospitalar ou jogadas no sistema de esgoto.


Tampouco importa, também, uma suposta perplexidade de bases eclesiais ou pastorais sobre o assunto. Menos importa ainda quando se sabe que as tais bases eclesiais em grande parte funcionam alimentadas pela caduca Teologia da Libertação, este verdadeiro câncer na Igreja no Brasil, que entre outras obras conseguiu a façanha de criar católicos que relativizam o valor da vida.]


A impressão que fica é de que se trata de um pronunciamento muito mais na linha do legalismo rígido dos fariseus do que da misericórdia de Jesus. Diante das palavras deste último, ninguém se atreveu a atirar a primeira pedra na mulher adúltera, o que era previsto pela doutrina vigente na legislação judaica daquele momento. E isso foi feito pelo sucessor de D. Hélder Câmara, quando comemoramos o centenário de seu nascimento! Aliás, o bispo Cardoso Sobrinho, pelos anos afora, tentou apagar sem sucesso os sinais irradiantes e proféticos de seu grande predecessor. Jamais D. Hélder, transbordante de caridade e de amor, faria uma coisa dessas, ele que, em vez de condenar, ouvia e questionava com carinho todos os que se aproximavam dele, desde os pequenos e os indefesos, no seguimento de seu mestre Jesus. D. Cardoso Sobrinho, já passando da idade da aposentadoria, se coloca do lado oposto daquele que sempre deve ter sido uma sombra ameaçadora para ele. Será que isso vai provocar sua saída sempre adiada do Recife, ou contará pontos a seu favor em certos círculos?

[Impressiona como o sociólogo chama de fariseu quem lembra da pena de excomunhão, mas, novamente, esquece-se de que a excomunhão é exatamente uma pena didática, que procura lembrar o penalizado da fealdade de seu pecado. Mas o sociólogo, católico, acha por bem que um fiel não siga a palavra do Magistério, mas, antes, que siga sua interessante teoria do pecar hoje para esperar que, no futuro, o pecado não mais seja pecado. E impressiona também o sociólogo chamar aos outros de legalistas enquanto que ele, invocando a legislação brasileira, diz que o ato hediondo do aborto no Recife foi "duplamente legítimo". Ou seja, para o professor quem apenas lembra a Lei da Igreja é um fariseu, um legalista; já quem segue uma lei ilegítima do ponto de vista católico é magnânimo, compassivo? Que tal então substituir o Código de Direito Canônico pelo Código Penal Brasileiro, doutor? Assim ficará bem para o senhor? Quem é mesmo o real fariseu?

Eu não me encaixo entre os tietes de D. Hélder Câmara. Tenho por sua figura o aprêço que tenho por um bispo. Porém, incomoda-me o fato de que certos grupos, muitos dos quais nada têm a ver com o cristianismo, instrumentalizam sua pessoa. Duvido muito que D. Hélder desse qualquer aval às besteiras escritas ou insinuadas pelo professor Luiz Alberto, tal como escrever que D. José condenou alguém. O que é isso professor? Acaso o senhor faltou a qual aula da catequese? Não sabe até hoje que nossos pecados são nossos e de mais ninguém e que quem nos condena somos nós mesmos?]


É hora da opinião pública na Igreja e na sociedade seguir manifestando seu estupor e sua desconformidade. Acaba de ocorrer um fato significativo. Um sacerdote conservador, indicado para bispo na Áustria, tinha feito, previamente, uma declaração considerando o furacão Katrina como um castigo de Deus diante das muitas clínicas de aborto de Nova Orleans. Sabendo disso, surgiram rapidamente, no meio eclesial austríaco, abaixo-assinados e declarações contra a nomeação. Roma teve de voltar atrás e anulou o ato. Ali pesou a opinião pública. Atitudes como esta do bispo de Recife, ou do bispo tradicionalista que negou o holocausto, ou outras diante da pedofilia em várias dioceses, especialmente dos Estados Unidos, pelo sinal ao contrário que expressam nelas, poderiam apressar, quem sabe, mudanças nos comportamentos pastorais e levar a revisões futuras na doutrina moral e nas atuais prescrições. Do contrário a Igreja, na contramão, vai perdendo o pé no diálogo com o mundo e se isola tragicamente de uma consciência histórica contemporânea. Autor: Luiz Alberto Gómez de Souza

[Mais desinformação, doutor? Já não basta a quantidade de besteiras por parágrafo até aqui? Se o professor achou por bem alegrar-se que um sacerdote ortodoxo tenha sido praticamente obrigado a não aceitar a Diocese de Linz (vamos dar nomes aos bois?) porque não conta a história toda? Por que não conta que a baderna litúrgica naquela diocese é tamanha que há paroquianos que chegam ao ponto de criarem uma instalação dedicada a Judas Iscariotes? Ou que há padres daquela diocese que notoriamente não vivem plenamente segundo o que lhes pede a Igreja, deixando de lado o celibato sacerdotal? Ou ainda que há pesquisas que indicam que os fiéis da Diocese de Linz nem mesmo sabem que o Papa é o Vigário de Cristo? E estes fatos, professor, não valem a pena serem mencionados? E conte também, professor, que a Santa Sé (melhor assim do que "Roma", não é?) não pode e não desejou impor a nomeação para tal diocese ao Padre Gerhard Maria Wagner (ele tem nome, doutor!). Devido ao padre se sentir constrangido pelo clero "progressista" daquela diocese é que ele achou por bem pedir dispensa da nomeação. E o Papa a aceitou. Estes são os fatos.

Não foi opinião pública, professor, que pesou... Foram as lamentáveis atitudes de pessoas que pensam que a Igreja é seu quintal, que acham por bem azucrinarem a vida de um padre ao ponto de lhe impedirem de assumir uma diocese. Diocese altamente problemática, diga-se. E diga também que as declarações de Pe. Wagner não tem muito a ver com a resistência do clero da Diocese de Linz, pois o que conta mesmo neste triste episódio é a vontade de um clero local leniente com os diversos problemas que lhes atingem, que nem mesmo mais percebem tais problemas, em manter o (péssimo) estado atual daquela Diocese. Isto, professor, é que é ser reacionário!


Por tudo isto, não cabe ao sociólogo ficar escrevendo absurdos sobre opinião pública na Igreja, como se bastasse um vozerio para que o errado tomasse o lugar do certo. Isto tem bem pouco a ver com opinião pública, mas, muito mais, com tentativas de criar divisões entre os fiéis.


E engana-se muito o sociólogo ao pensar que a Igreja tem que dialogar com o mundo sobre pontos que lhe são fundamentais, tais como a defesa da vida. Vidas, e vidas de seres humanos frágeis e inocentes, não são negociáveis, menos ainda quando o que se busca não é uma correção de rumo, mas um apaziguamento com o mundo, o mesmo mundo que busca relativizar o valor da vida.


"Meu reino não é deste mundo", lembra disto, caro professor?]

sábado, março 21, 2009

Manifesto de Madri

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Reproduzo abaixo uma tradução do "Manifesto de Madrid", que é a declaração de mais de 1200 cientistas espanhóis contrários aos ataques feitos à vida humana em estágio ainda frágil capitaneado pelo Partido Socialista Espanhol.



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«Os abaixo assinantes, professores de universidade, pesquisadores, acadêmicos, e intelectuais de diferentes profissões, ante a iniciativa do Grupo Socialista no Congresso, por meio da Subcomissão do aborto, de promover a total liberação do aborto, assinamos o presente Manifesto em defesa da vida humana em sua etapa inicial, embrionária e fetal e rechaçamos sua instrumentalização ao serviço de lucrativos interesses econômicos ou ideológicos.

Em primeiro lugar, reclamamos uma correta interpretação dos dados da ciência em relação com a vida humana em todas suas etapas e a este respeito desejamos se tenham em consideração os seguintes feitos:

a) Existe suficiente evidência científica de que a vida começa no momento da fecundação. Os conhecimentos mais atuais assim o demonstram: a Genética assinala que a fecundação é o momento em que se constitui a identidade genética singular; a Biologia Celular explica que os seres pluricelulares se constituem a partir de uma única célula inicial, o zigoto, em cujo núcleo se encontra a informação genética que se conserva em todas as células e é a que determina a diferenciação celular; a Embriologia descreve o desenvolvimento e demonstra sua continuidade sem interrupção.

b) O zigoto é a primeira realidade corporal do ser humano. Depois da fusão dos núcleos gaméticos materno e paterno, o núcleo resultante é o centro coordenador do desenvolvimento, que reside nas moléculas de DNA, resultado da adição dos genes paternos e maternos em uma combinação nova e singular.

c) O embrião (da fecundação até a oitava semana) e o feto (a partir da oitava semana) são as primeiras fases do desenvolvimento de um novo ser humano e no claustro materno não interfere em de nenhum órgão da mãe e nem em sua sustentabilidade, embora dependa desta para seu próprio desenvolvimento.

d) A natureza biológica do embrião e do feto humano é independente da forma como foi originada, bem seja proveniente de uma reprodução natural ou produto de reprodução assistida.

e) Um aborto não é só a «interrupção voluntária da gravidez», mas um ato simples e cruel de «interrupção de uma vida humana».

f) É preciso que a mulher a quem se proponha abortar adote livremente sua decisão, depois de um conhecimento informado e preciso do procedimento e das conseqüências.

g) O aborto é um drama com duas vítimas: alguém morre e a outra sobrevive e sofre diariamente as conseqüências de uma decisão dramática e irreparável. Quem aborta é sempre a mãe e quem sofre as conseqüências também, embora seja o resultado de uma relação compartilhada e voluntária.

h) É portanto preciso que as mulheres que decidam abortar conheçam as seqüelas psicológicas de tal ato e em particular do quadro psicopatológico conhecido como o «Síndrome Pós-aborto» (quadro depressivo, sentimento de culpa, pesadelos recorrentes, alterações de conduta, perda de auto-estima, etc.).

i) Dada a trascendência do ato para o qual se procura a intervenção de pessoal médico é preciso respeitar a liberdade de objeção de consciência nesta matéria.

j) O aborto é além disso uma tragédia para a sociedade. Uma sociedade indiferente à matança de perto de 120.000 bebês ao ano é uma sociedade fracassada e doente.

k) Longe de supor a conquista de um direito para a mulher, uma Lei do aborto sem limitações deixaria a mulher como a única responsável por um ato violento contra a vida de seu próprio filho.

l) O aborto é especialmente duro para uma jovem de 16-17 anos, a quem se pretende privar da presença, do conselho e do apoio de seus pais para tomar a decisão de seguir com a gravidez ou abortar. Obrigar uma jovem de tão pouca idade a decidir sozinha é uma irresponsabilidade e uma forma clara de violência contra a mulher.

Desta forma, consideramos que as conclusões que o Grupo Socialista no Congresso, por meio da Subcomissão do aborto, serão encaminhadas ao Governo para que sejam dados prazos de implementação, o que agravará a situação atual e não escuta a sociedade, que longe de desejar uma nova Lei para legitimar um ato violento para o não nascido e para sua mãe, reclama uma regulação para deter os abusos e a fraudes legais cometidas nos centros onde se praticam os abortos».

Fdo.:

Nicolás Jouve (Catedrático de Genética; DNI 1154811)

Francisco Ansón (Escritor; DNI 847005)

Cessar Nombela (Catedrático de Microbiologia; 1346619S)

Francisco Javier do Arco (Biólogo, Filósofo e Escritor; DNI: 00138438-N)

Vicente Bellver (Professor Titular Filosofia do Direito: DNI: 24335564T)

Luís Franco Beira (Catedrático de Bioquímica: DNI é 02.464.829B)

…/…

Seguem um milhar de adesões a data de 17 de março de 2009, e seguem aumentando.

S.S. Bento XVI x Presidente Lula: duas imagens, dois discursos

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Imagem: Presidente Lula distribui preservativos no Rio de Janeiro, durante o Carnaval de 2009.

Discurso: "Eu não posso, como pai e como Presidente da República, fingir que distribuir preservativos é ruim. (...) Se perguntarem para mim "Ô, Lula, você é contra ou a favor do aborto?". Eu falo: como cristão eu sou contra o aborto. (...) Agora, como Chefe-de-Estado, eu tenho que tratar como questão de Saúde Pública." (Presidente Lula, dia 08/03/2009)




Imagem: Sua Santidade Bento XVI distribuindo a Sagrada Comunhão.

Discurso: "Como é amarga a ironia daqueles que promovem o aborto entre as curas para a saúde materna. É desconcertante a tese daqueles que acreditam que a eliminação da vida é um assunto de saúde reprodutiva." (Angola, 20/03/2009)

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Praticamente desnecessário acrescentar algo.

O presidente Lula criou um personagem bicéfalo. Ele quer ser cristão apenas quando está na Capela do Palácio da Alvorada comungando das mãos de um cardeal ou quando vai ao Vaticano. No resto do tempo, ele deixa seu cristianismo de lado, preferindo fazer a demagogia de sempre.

Sua Santidade Bento XVI é cristão em todo lugar, seja no Vaticano ou em Angola. Seu discurso jamais muda. Ele é sempre coerente.

Um disbribui preservativos em franca oposição ao ensinamento da Igreja. O outro distribui a Sagrada Comunhão, alimento e sentido de nossa vida.

Difícil é entender por que alguns católicos admiram o bicéfalo Lula e olham com reservas para Sua Santidade. Provavelmente há mais gente que acha que pode colocar seu cristianismo na gaveta quando lhes convém.

Deve haver mais bicéfalos por aí...

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Fonte do discurso do Papa: Blog Fidei Depositium.


No blog REINADA - Defender a vida é isto!

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Meu amigo blogueiro, Marcos Ludwig, do blog Reinada, há algum tempo fez uma eloqüente defesa da vida durante uma simples conversa por MSN com uma amiga sua.

Isto serve bem para sabermos que para defendermos a vida não há tempo nem local. O tempo é este e o local é aonde estivermos.

Bem diferente de certos "católicos pretensiosos", que preferem distribuir mensagens defendendo posições irreconciliáveis com o catolicismo, Marcos Ludwig mostra que certos problemas passam pela falta de real adesão ao que é proposto pela mensagem cristã:

Dora: Pro povão, fazer filho é tão “natural” quando comer e cagar. Mesmo que não tenham condições, engravidam do mesmo jeito e não tiram por que, na maioria, são católicos… Não entendem o processo de engravidar como qualquer outro processo orgânico. Ai, esse assunto dá muito pano pra manga -_-

Marcos: Claro, do jeito que tu vai particionando o assunto, só pode dar mesmo. Bom, quem segue o catolicismo com devoção não engravida fora do tempo. Espera casar pra poder fazer isso. “Tirar” significa matar uma pessoa, mesmo que essa pessoa esteja em gestação. Se isso acontece fora do tempo, é por uma irresponsabilidade quanto aos próprios atos e que evidentemente está sendo influenciada por vários meios.

Vejamos um outro trecho da argumentação de Marcos Ludwig:

Dora: Concordo contigo que é irresponsabilidade, mas ainda assim, não considero aborto assassinato.

Marcos: Bom, aí tu está justificando um crime com a possibilidade do que pode acontecer com essa pessoa no futuro. Tu condena uma pessoa à morte por “achar” que ela não vai se dar bem. Bom, se a vida começa na concepção (e é a verdade de fato, segundo constatado pela Biologia), e ‘abortar’ é o mesmo que terminar com uma vida concebida, e se terminar com uma vida é assassinar, então abortar é assassinar.

A lógica da argumentação de Marcos Ludwig é irretocável. Aborto é assassinato, mesmo que isto possa ferir as consciências de muitos.

Parabéns ao Marcos Ludwig pela defesa da vida!

No blog PALAVRAS APENAS, uma bela resposta a uma católica pretensiosa

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São Paulo discursa no Areópago


Fabricio Lombardi, do blog "Palavras Apenas", deu uma fantástica resposta a uma católica pretensiosa. Pretensiosa porque ela acha que pode conciliar catolicismo com ser favorável ao aborto; pretensiosa porque ela acha que pode conciliar catolicismo sem o necessário respeito aos bispos, que são sucessores dos apóstolos.

"Ébete Nuñez", o nome fictício utilizado por Fabricio para caracterizar esta senhora "catolicíssima", utiliza seu tempo para enviar mensagens aos quatro cantos cujo conteúdo são sempre mensagens contra a Igreja, contra o Papa e contra religiosos e fiéis ortodoxos. Este é um exemplo clássico de gente que espalha ao invés de ajuntar, exatamente como nos alertou Nosso Senhor Jesus Cristo.

É um catolicismo pretensioso porque quer ser parâmetro de uma nova forma de ser Igreja, mas que, na verdade, é uma forma que já nasce caduca, pois busca corroer os alicerces da única Igreja fundada por Nosso Senhor, exatamente como fazem os inimigos. E esta forma caduca, que chega ao absurdo de negar verdades colocadas no Catecismo e explicitadas pelo Magistério ao longo dos séculos, e de ser favorável ao aborto e outros disparates mais, é o resultado de um coração duro, que se mostra incapaz de se abrir aos ensinamentos até mesmo dos Papas, que foram colocados em tal posição não pela vontade de homens, mas pela atuação do Espírito Santo.

Dou parabéns ao amigo Fabricio, a quem admiro cada vez mais e a quem agradeço, assim como toda a Igreja, porque ele se dispõe a lutar o bom combate contra os inimigos da Santa Igreja. Inimigos estes que, se cá entre nós não procuram da espada para derramar nosso sangue, utilizam da calúnia, da difamação e de baixas insinuações, que atingem até mesmo a figura de um bispo exemplar, como é D. José Cardoso Sobrinho.

Não deixem de ler: Catolicismo pretensioso.

sexta-feira, março 20, 2009

A Morte conduz os abortistas

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Fantástica charge feita por Emerson de Oliveira, do Veritatis Splendor.

quinta-feira, março 19, 2009

Um ateu-crente comenta

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E não é que há mais gente incomodada com o texto sobre o abortista Mengele?

É engraçado... Um monte de gente fica posando de humanista no caso da menina de Alagoinha, mas quando confrontado com a verdade que um monstro nazista como dr. Mengele praticava abortos quando escondido na Argentina, aí se dói e acha um absurdo. Ué? Que posso fazer? Eu escolho minhas companhias... Eu não escolhi Mengele, foram os abortistas que o escolheram.

E foi um destes que escolheu Mengele como parceiro que escreveu para cá um comentário revoltadinho.

É de um rapaz chamado Edwi. É um ateu, como fica claro para quem lê o comentário. Nada contra ateus... desde que se convertam! :-)

Curioso como esta gente é incrivelmente entediante... Sempre seguem um roteiro e ser favorável ao aborto é parte do script. Aliás, sabe quem -- fora o dr. Mengele, claro... -- está ao lado dos ateus na causa abortista? Ninguém menos do que Edir Macedo, que vem utilizando sua rede particular de TV para alavancar a causa.

Quem diria, não é mesmo? Edir Macedo, na sua obsessão de enfrentar a Igreja, teve que se declarar pelo aborto. Ele é um homem movido pelo ódio à Igreja... E os ateus, movidos também pelo mesmo ódio e imbuídos de uma falsa ética, caem no mesmo patamar de seus amigos de IURD. Que coisa, não?

E junto a eles, dr. Mengele! Caramba! Que turma da pesada!

Mas vamos à mensagem do comentarista ateu e da resposta que ele fez por merecer.
"Novamente, os argumentos furados de sempre: comparações descabidas, contestações de laudos médicos baseado em achismos, atacam o nazismo (é dizer, cospem no prato que comeu)...
Leia sua bíblia! Veja quantas pessoas seu deus já matou! INCLUSIVE AS CRIANÇAS QUE VOCÊ TANTO DEFENDE!! Veja as astrocidades que clérigos da ICAR cometeram ao longo de sua história, em nome de deus.
Mas o que esperar de pessoas que cultuam um monstro repulsivo? O que esperar de pessoas cujo símbolo de sua fé é um homem esfacelado pregado em dois pedaços de paus?"
Por partes é sempre melhor. E talvez assim fique mais fácil para o amigo Edwi colocar ordem em seu pensamento.

  • "Novamente, os argumentos furados de sempre: comparações descabidas, contestações de laudos médicos baseado em achismos (...)"

Edwi, Edwi... Você faz melhor que isso, rapaz! Não gostou de ver Mengele cafungando em teu cangote? Fazer o que, não é mesmo?

Qual foi a comparação descabida, meu caro? Incomodou-te que dr. Mengele gostasse de fazer suas experiências em gêmeos? Mas se eu nem comparei o que ele fazia com gêmeos com o que aconteceu com os gêmeos em Recife... Eu apenas mostrei um aspecto do monstro nazista.

O que, então, é descabido? Dr. Mengele fez abortos. Há médicos hoje em dia que fazem abortos. O que há de descabido nisto? Ah, sim... Talvez você esteja se referindo ao fato de que Mengele fez abortos ilegalmente. Então, o que te incomoda não é que dr. Mengele tenha feito abortos, mas que os tenha feito ilegalmente. É isto? Só pode ser isto, pois de outra forma tua indignação fica meio absurda.

Mas e dr. Mengele barbarizar em Auschwitz-Birkenau? Tudo ok para você caso ele estivesse dentro de uma "legalidade"?

Liga não, Edwi... Estou brincando contigo! Mas sabe o que é? É que você pode espernear o quanto quiser, mas não pode mudar o fato de que dr. Mengele teve seus dias de abortista. E como você parece aplaudir abortistas sem problema, não pode me culpar por inferir que Mengele poderia contar com teus aplausos.

Sobre os laudos médicos, meu caro, eu gostaria muitíssimo de lê-los e ver o diagnóstico que levasse a menina de Alagoinha a estar às portas da morte por causa da gravidez. O que sei é que há médicos que contestam veementemente tal fato. Pode checar aqui.

  • "(...) atacam o nazismo (é dizer, cospem no prato que comeu)..."

Ô, Edwi! Coisa feia, rapaz! Você queria que eu fizesse o que? Que não o atacasse? Lembre-se que quem aplaudiria dr. Mengele seria você, hein! Lembre-se também que esta farsa de católicos juntos com nazistas é coisa bem recente, coisa criada pelos "nazistas de esquerda".

Mas você deve saber disto? Ou não? Bem... Pode ser que não, já que você parece ignorar o passado abortista de Mengele. Ignorava, não é? Ou sabia de tudo e se calava? Malandrinho você, hein!

  • "Leia sua bíblia! Veja quantas pessoas seu deus já matou! INCLUSIVE AS CRIANÇAS QUE VOCÊ TANTO DEFENDE!! Veja as astrocidades que clérigos da ICAR cometeram ao longo de sua história, em nome de deus."

Mas espere aí... Você é ou não ateu? Quer dizer que você acredita no Deus que se revelou conforme as Sagradas Escrituras? É isto, certo?, pois você diz que Ele matou sei lá quantos... Ou você não acredita nEle mas Lhe bota a culpa por não sei quantas mortes assim mesmo? Coisa confusa, caro Edwi.

Estou tentado a crer que você faz parte de um grupo dissidente de ateus. Deves ser de um grupo que até acredita em Deus, mas só para as coisas ruins. É isto mesmo? Ou seja, você é um ateu/crente? Hummm... Subitamente, ateus e iurdianos serem favoráveis ao aborto faz muito sentido.

Sim, podemos falar sobre "atrocidades de clérigos"... Mas diga antes onde está na Doutrina o salvo-conduto para as tais atrocidades. Que tal? É que não entendi... Você está falando contra os atrozes ou contra a Doutrina, que não dá nenhum aporte para as atrocidades. Resumindo: se você diz que os clérigos atrozes assim o eram por causa da Doutrina, você deve ter como provar que a Doutrina ensina atrocidades, não é mesmo?

Estarei aguardando, ok? Se você não conseguir, seja honesto e converta-se. Pelo menos de nosso lado não temos Mengeles. Isto é uma coisa boa, vá por mim!

Mas vem cá, caro Edwi... Por que você gritou isto: "INCLUSIVE AS CRIANÇAS QUE VOCÊ TANTO DEFENDE!!"? Você queria que eu não as defendesse? Isto te incomodou também? A mim, o que me incomodou mesmo, é que você admite com tuas próprias palavras que havia crianças a serem defendidas e, mesmo assim, você não se dispôs a levantar uma pena por causa delas.

  • "Mas o que esperar de pessoas que cultuam um monstro repulsivo? O que esperar de pessoas cujo símbolo de sua fé é um homem esfacelado pregado em dois pedaços de paus?"

Vou ser sincero... Ainda não me acostumei aos preceitos de tua seita atéia, esta que acredita em Deus, mas apenas para coisas ruins. Os ateus puro-sangue devem estar chateados com vocês... E com toda razão! Pôxa, os caras gastam um tempão para tirar Deus de suas vidas e vocês vem e chamam uma coisa para eles inexistente de "monstro repulsivo".

Francamente, Edwi... Assim você e tua seita atéia ficam parecendo a hiena Hardy Ha-Ha! Lembra dela? "Oh, dia! Oh, azar!". Você e os dissidentes ficam, como a hiena depressiva, apenas dizendo "Oh, Deus monstruoso! Oh, Ser Supremo mas tão incrivelmente maldoso!".

Você diz não esperar muito de nós. E não deve mesmo! Se você queria nos ofender, errou o alvo. Nem mesmo nós esperamos muito de nós mesmos... Esperamos muito de Nosso Deus e apenas dEle! Mas você, que sugeriu que eu lesse a minha Bíblia, deve conhecer isto: "Tudo posso naquele que me dá força" (Fil 4,13). Conheces, não é mesmo?

Ou será que você lê e não entende? Pode ser que sim... Mas isto não é coisa nova. Veja: "Nós, porém, proclamamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos" (I Coríntios 1, 23).

Veja se entende isto, caro Edwi. Se não conseguir, pode ser que você gaste teus dias ao lado de Mengele.

quarta-feira, março 18, 2009

Um Encontro pela Vida

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Dica do Francisco Augusto, responsável pelo "Reze o Terço".

Infelizmente, devido a todo o caso da menina de Alagoinha, um importante encontro passou praticamente despercebido pela mídia. Reproduzo aqui a síntese do encontro que aconteceu em Brasília. É altamente positivo que tantos parlamentares entendam a urgência da defesa da vida nos dias atuais.

O original pode ser lido aqui.

Fica também a dica -- ainda do Francisco Augusto -- do documentário apresentado durante o encontro e que já se encontra no Youtube, dividido em 5 partes: parte 1, parte 2, parte 3, parte 4 e parte 5.

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Um Encontro pela Vida


Samantha Amorim, cientista política, traz uma breve síntese do que foi tratado no 2º Encontro de Legisladores e Governantes pela Vida, promovido pela Frente Parlamentar em Defesa da Vida - Contra o Aborto, no último dia 11/03/2009, na Câmara dos Deputados em Brasília-DF. O evento contou com a participação da presidente da Frente Mundial de Parlamentares e Governantes pela Vida.

2º Encontro de Legisladores e Governantes pela Vida - 11/03/2009

Na quarta-feira, dia 11 de março de 2009, aconteceu, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, O 2º Encontro Brasileiro de Legisladores e Governantes pela Vida, de iniciativa da Frente Parlamentar em Defesa da Vida – Contra o Aborto.

O Encontro contou com a presença de parlamentares federais, estaduais e municipais, com alguns representantes de instituições religiosas e com representantes de organizações da sociedade civil. O evento ainda teve a participação da senadora argentina Liliana Negre, presidente da Frente Mundial de Parlamentares e Governantes pela Vida.

O tom das exposições foi, como não poderia deixar de ser, integralmente a favor da vida. Todos os palestrantes e debatedores trataram da problemática do aborto, mas alguns mencionaram também a eutanásia.

A senadora argentina Liliana Negre afirmou que, no cenário internacional, há uma crise se valores e idéias acerca das questões referentes à vida e, portanto, faz-se necessária a reconstrução do valor da vida em nossa sociedade. A palestrante sustentou, por conseguinte, que não se deve permitir que as ajudas financeiras internacionais condicionem as políticas públicas nacionais à mentalidade contrária à vida, pois não há tensão alguma entre desenvolvimento e vida. Pelo contrário, a palestrante enfatizou que o desenvolvimento depende do capital humano. Negre ressaltou, também, o perigo da manipulação da opinião pública e fez referência à importância vital da participação política em favor da vida e da família.

Nesse mesmo sentido, a Drª. Lenise Garcia, Presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil Sem Aborto, colocou que a defesa da vida deve ser a prioridade no debate das próximas eleições.

Já os parlamentares, em linhas gerais, se pronunciaram em favor da defesa da vida - e da vida de qualidade -, e expuseram várias conquistas das ações em favor da vida nas três esferas do Legislativo. Entre outras, foi amplamente mencionada a criação de frentes parlamentares municipais em defesa da vida nos mesmos moldes ou semelhantes à existente no Congresso Nacional. Também refletiram sobre o papel fundamental dos eleitores, e fizeram um forte apelo para que todos acompanhassem de perto a atuação dos seus representantes nos parlamentos, cobrando posicionamentos claros e decididos em favor da vida, desde a concepção até a morte natural.

Outra ação parlamentar de destaque foi o requerimento que resultou na criação, no dia 08 de dezembro de 2008, pelo então Presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, da CPI do Aborto. A CPI, contudo, ainda não foi instalada, pois é necessária a indicação dos representantes dos partidos por suas respectivas bancadas. Um dos responsáveis pela iniciativa, o deputado federal Luiz Bassuma, explicitou que, apesar de alguns grupos se posicionarem contra a instalação por acreditarem que esta seria uma CPI contra as mulheres, os alvos principais da CPI são aqueles que comercializam substâncias abortivas ou mantêm clínicas de aborto clandestinas, bem como as autoridades coniventes.

Em estreita sintonia com uma das finalidades estatutárias da CNEF, www.cnef.org.br, qual seja, a de defender os direitos fundamentais da pessoa humana desde sua concepção até a morte natural, o encontro teve como pano de fundo a necessidade de intensa mobilização de todos para que o direito à vida seja respeitado, já que nele se fundamentam todos os demais direitos. Logo, embora a inclusão social também seja um direito de todos, o evento reforçou que o direito de viver é anterior e superior a qualquer discussão sobre qualidade de vida e, por essa razão, o aborto não deve ser considerado como um dos meios para solucionar os problemas sociais do Brasil.

Autor: Samantha Amorim

Um Mengele incomoda muita gente...

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O texto que escrevi sobre o abortista dr. Mengele incomodou um comentarista anônimo. O ser sem nome pelo jeito não gostou de saber que Mengele era abortista. Pois é... Vai ver que ele acha que o monstro nazista só era monstro porque matava e fazia experimentos com judeus, ciganos e católicos poloneses, mas ficou chateado em saber que o monstro nazista, à falta do aparato que lhe permitia receber vagões de seres humanos, preferiu o singelo ofício de abortista quando escondido na Argentina.

Segue a mensagem e minha resposta.

"Que texto + patético!!! Mengele nunca foi preso por prática de aborto!! Ah, Adivinha como Mengele fugiu pra Argentina??? Através da aju da do Vaticano (Ratlines). É sabido que o vaticano ajudou nazistas a fugirem da Europa depois da guerra. Ajudou também os "Ustashi"(nazi-croatas), que nem Ante Pavelic e Andrija Artukovic(2 católicos devotos). É patético seu argumento anti-aborto , você deveria aplicar isso contra as freiras.(Sim, algumas praticam aborto). "

Hummm... Vindo de quem vem o comentário, estou começando a achar que atingi uma artéria.

Incomodou-te olhar para o lado e ver dr. Mengele partilhando a mesa contigo? Pois é... Eu te entendo. Deve ser chato mesmo manter uma postura que vc deve dizer que é humanista e ver que, na verdade, tua prática se equipara a de um nazista fugitivo.

E Mengele foi preso, sim. Por pouco tempo, mas foi... Vá se informar! E sabe por que ele foi preso? Porque sua "paciente" morreu durante o procedimento. Pois é... O delegado argentino provavelmente era parecido contigo, devia se interessar apenas por um lado da história e olhar para o lado enquanto Mengele fazia abortos.

Vaticano ajudou nazista a fugirem? Sério? Qual a rota que eles utilizaram? Algumas freiras praticam aborto? Sério mesmo? E os túneis ligando os mosteiros de homens aos conventos de freiras? Esqueceu disto? E a papisa Joana? Hein, hein? E Maria Monk, nos EUA? Hein? Já ouviu falar dela? Hummm... Croatas nazistas? E? Diga-me: onde está na doutrina algo que dê permissão para uns loucos fazerem loucuras?

Meu caro Anônimo, teu preconceito, teu anti-catolicismo é tão grande que vc se permite acreditar em qualquer absurdo que chega ao teu ouvido. Gaste uns 2 segundos e pense no que escreve, meu amigo. Ignorância, nos dias atuais, em que o conhecimento está disponível na ponta dos dedos, é um privilégio de poucos. E vc é um deles! Parabéns!

Vc escreveu que meu argumento contra o aborto é patético. Mesmo? E qual é ele? A única coisa que fiz neste texto foi mostrar com quem os abortistas andam de mãos dadas. Incomoda, né? Mas diga lá: qual é o teu argumento pró-aborto? Em qual momento mágico vc acha que o fruto da concepção se torna humano? E vá mais além: depois deste marco, que não tem nada de biológico, sendo pura convenção abortista, vc acha que um bebê possa ser morto porque sua mãe foi violentada? Mesmo? E por que? Ele, então, perde sua humanidade devido ao crime de terceiros? Aliás, é ele culpado de algo?

Mas, como eu escrevi, entendo tua raiva. Ser parceiro de um Mengele deve deixar muita gente alterada.

terça-feira, março 17, 2009

Aborto e direito à vida - Hélio Bicudo

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Segue abaixo um artigo do ex-deputado petista (pois é...) Helio Bicudo. O original pode ser lido aqui.

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Aborto e direito à vida

Sem entrar no mérito do reconhecimento, por um bispo da Igreja Católica, de que a hipótese enquadrava-se no cânon 1398 (
qui abortum procurat, effecto secreto, in-excommunication latae sentenciae incurrit), do Código do Direito Canônico, para impor excomunhão àqueles que participaram do abortamento de uma pequena vítima que engravidara em consequência de relações sexuais impostas por seu padrasto, convém lembrar alguns pontos das leis brasileiras que impõem castigo penal à prática do aborto, que vem sendo esquecidas e, em consequência violadas impunemente, pois seu não cumprimento é estimulado por posições assumidas por altas personalidades da República.

É verdade que o Código Penal, sem retirar o caráter criminoso do fato, exime de pena o autor do aborto tendo em vista gravidez resultante de estupro ou, então, para salvar a vida da gestante (artigo128).


Entretanto, é preciso convir que o nosso Código Penal é de 1941. Mais recentemente, com a promulgação da Constituição de 1988, considerando a vida como um bem supremo, acima, portanto, de quaisquer considerações que lhes possam ser contrárias, não se pode admitir, como eximente, a prática de aborto em decorrência de estupro.


Na verdade, somente é admissível o aborto, quando praticado segundo a dirimente do estado de necessidade, isto é, dentre dois bens jurídicos em vias de extinção, é lícito a escolha de um deles, em detrimento de outro. Se durante um parto, o médico verificar que ao invés de morrerem a parturiente e o feto, ele pode e deve optar pela vida mais plausível, deixando que a criança morra para salvar a vida da mãe, ou que esta faleça, para que prevaleça a vida da criança. (cf. artigo20, do Código Penal).


Semelhantes conclusões têm fundamento na Constituição Federal e nos tratados internacionais de que o Brasil é parte, todos no sentido de que o artigo 128, do Código Penal, está derrogado, no que tange às excludentes ali contempladas.


Assim, o artigo 5° da Constituição estabelece que, sem distinção de qualquer natureza, garante-se a inviolabilidade do direito à vida.


Quando não bastasse, o parágrafo 2° desse mesmo artigo dispõe que as garantias expressas no texto constitucional não excluem outras decorrentes do regime e dos princípios por ele adotados, ou dos tratados internacionais em que a República federativa do Brasil seja parte.


Nesse sentido, convém lembrar, antes de mais, que a Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que “toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança”.


Na mesma direção, a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem estabelece que “todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança de sua pessoa”.


Poder-se-ia argumentar que, na espécie, trata-se apenas de meras declarações, sem poder cogente. É um argumento que desconhece a relevância do costume na interpretação e validação das regras do Direito Internacional. No caso, trata-se de uma imposição do Direito Internacional costumeiro, tanto mais válido, quando se impõe mediante disposições, de tantos outros tratados, convenções ou protocolos empenhados na proteção da vida humana. Poderíamos citar dezenas deles.


E não é por outro motivo que a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, à qual o Brasil aderiu e ratificou, assinala em seu artigo 4°, inciso 1°, que “toda pessoa tem o direito a que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente”.


Como se vê, considerando-se o quanto está escrito nas Declarações Universal e Americana, o Direito Constitucional Brasileiro, que incorporou suas normas, considera o início da vida no momento da concepção e, em conseqüência, pune criminalmente, na forma dos artigos 125 e 126 do Código Penal tantos quantos participarem do homicídio de uma pessoa que se aperfeiçoa durante a vida intra-uterina.


Não são, assim, consideradas as posições que pretendem postergar o início da vida em qualquer outro momento após a concepção, mesmo porque, na hipótese, essas discussões cedem o passo à determinação legal.


Lamentavelmente, no Brasil, esse tipo de discussão vem ganhando dimensões emocionais, incompatíveis com a realidade de nosso ordenamento jurídico, cujas violações vêm sendo consentidas e que, na prática, assumem as dimensões de um verdadeiro holocausto, como bem qualificou o arcebispo de Olinda.


É preciso, pois, que desde o presidente da República até o mais humilde dos cidadãos aprendam a conhecer a lei e interpretá-la segundo os interesses maiores de respeitar e preservar a vida humana.


A lei impõe ao estupro, que considera crime hediondo, penas severas. Mas esse crime não pode contaminar o ser acaso gerado por essa via, que vem sendo, sob a banalização da vida, sumariamente eliminado, sem direitos de defesa.


Sob os aplausos de uma sociedade defeituosamente informada e muitas vezes conivente, violam-se a Constituição e tratados internacionais para acelerar o egoísmo humano.


Segunda-feira, 16 de março de 2009

Declaração da Arquidiocese de Olinda e Recife

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Uma excelente resposta ao péssimo, imprudente e desnecessário artigo de D. Fisichella sobre o caso da menina de Alagoinha.

Todos os envolvidos na tentativa de manter vivas todas as crianças estão de parabéns!

Fonte: Deus lo vult!


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A respeito do artigo intitulado “Dalla parte della bambina brasiliana” e publicado no L´OSSERVATORE ROMANO no dia 15 de março, nós, abaixo assinados, declaramos:

1. O fato não aconteceu em Recife, como diz o artigo, mas sim na cidade de Alagoinha (Diocese de Pesqueira).

2. Todos nós – começando pelo pároco de Alagoinha (abaixo assinado) - tratamos a menina grávida e sua família com toda caridade e doçura. O Pároco, fazendo uso de sua solicitude pastoral, ao saber da notícia em sua residência, dirigiu-se de imediato à casa da família, onde se encontrou com a criança para lhe prestar apoio e acompanhamento, diante da grave e difícil situação em que a menina se encontrava. E esta atitude se deu durante todos os dias, desde Alagoinha até Recife, onde aconteceu o triste desfecho do aborto de dois inocentes. Portanto, fica evidente e inequívoco que ninguém pensou em primeiro lugar em “excomunhão”. Usamos todos os meios ao nosso alcance para evitar o aborto e assim salvar as TRÊS vidas. O Pároco acompanhou pessoalmente o Conselho Tutelar da cidade em todas as iniciativas que visassem o bem da criança e de seus dois filhos. No hospital, em visitas diárias, demonstrou atitudes de carinho e atenção que deram a entender tanto à criança quanto à sua mãe que não estavam sozinhas, mas que a Igreja, ali representada pelo Pároco local, lhes garantia a assistência necessária e a certeza de que tudo seria feito pelo bem da menina e para salvar seus dois filhos.

3. Depois que a menina foi transferida para um hospital da cidade do Recife, tentamos usar todos os meios legais para evitar o aborto. A Igreja em momento algum se fez omissa no hospital. O Pároco da menina realizou visitas diárias ao hospital, deslocando-se da cidade que dista 230 km de Recife, sem medir esforço algum para que tanto a criança quanto a mãe sentissem a presença de Jesus Bom Pastor que vai ao encontro das ovelhas que mais precisam de atenção. De tal sorte que o caso foi tratado com toda atenção devida da parte da Igreja e não “obrigativamente” como diz o artigo.

4. Não concordamos com a afirmação de que “a decisão é árdua… para a própria lei moral”. Nossa Santa Igreja continua a proclamar que a lei moral é claríssima: nunca é lícito eliminar a vida de um inocente para salvar outra vida. Os fatos objetivos são estes: há médicos que explicitamente declaram que praticam e continuarão a praticar o aborto, enquanto outros declaram com a mesma firmeza que jamais praticarão o aborto. Eis a declaração escrita e assinada por um médico católico brasileiro: “(…) Como médico obstetra durante 50 anos, formado pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, e ex chefe da Clínica Obstétrica do Hospital do Andaraí, onde servi 35 anos até minha aposentadoria, para dedicar-me ao Diaconato, e tendo realizado 4.524 (quatro mil quinhentos e vinte e quatro) partos, muitos de menores de idade, nunca precisei recorrer ao aborto para “salvar vidas”, assim como todos os meus colegas íntegros e honestos em sua profissão e cumpridores de seu juramento hipocrático. (…)”.

5. É falsa a afirmação de que o fato foi divulgado nos jornais somente porque o Arcebispo de Olinda e Recife se apressou em declarar a excomunhão. Basta ver que o caso veio a público em Alagoinha na quarta-feira, dia 25 de fevereiro, o Arcebispo se pronunciou na imprensa no dia 03 de março e o aborto se deu no dia 4 de março. Seria demasiado imaginar que a imprensa brasileira, diante de um fato de tamanha gravidade, tenha silenciado nesse intervalo de seis dias. Assim sendo, a notícia da menina (“Carmen”) grávida já estava divulgada nos jornais antes da consumação do aborto. Somente então, interrogado pelos jornalistas, no dia 3 de março (terça-feira), o Arcebispo mencionou o cânon 1398. Estamos convictos de que a divulgação desta penalidade medicinal (a excomunhão) fará bem a muitos católicos, levando-os a evitar este pecado gravíssimo. O silêncio da Igreja seria muito prejudicial, sobretudo ao constatar-se que no mundo inteiro estão acontecendo cinqüenta milhões de abortos cada ano e só no Brasil um milhão de vidas inocentes são ceifadas. O silêncio pode ser interpretado como conivência ou cumplicidade. Se algum médico tem “consciência perplexa” antes de praticar um aborto (o que nos parece extremamente improvável) ele – se é católico e deseja observar a lei de Deus - deve consultar um diretor espiritual.

6. O artigo é, em outras palavras, uma direta afronta à defesa pela vida das três crianças feita veementemente por Dom José Cardoso Sobrinho e demonstra quanto o autor não tem bases e informações necessárias para falar sobre o assunto, por total desconhecimento dos detalhes do fato. O texto pode ser interpretado como uma apologia ao aborto, contrariando o Magistério da Igreja. Os médicos abortistas não estiveram na encruzilhada moral sustentada pelo texto, ao contrário, eles praticaram o aborto com total consciência e em coerência com o que acreditam e o que ensinam. O hospital que realizou o aborto na menininha é um dos que sempre realizam este procedimento em nosso Estado, sob o manto da “legalidade”. Os médicos que atuaram como carrascos dos gêmeos declararam e continuam declarando na mídia nacional que fizeram o que já estavam acostumados a fazer “com muito orgulho”. Um deles, inclusive, declarou que: “Já fui, então, excomungado várias vezes”.

7. O autor arvorou-se do direito de falar sobre o que não conhecia, e o que é pior, sequer deu-se ao trabalho de conversar anteriormente com o seu irmão no episcopado e, por esta atitude imprudente, está causando verdadeiro tumulto junto aos fiéis católicos do Brasil que estão acreditando ter Dom José Cardoso Sobrinho sido precipitado em seus pronunciamentos. Ao invés de consultar o seu irmão no episcopado, preferiu acreditar na nossa imprensa declaradamente anticlerical.

Recife-PE, 16 de março de 2009

Pe. Edson Rodrigues (Pároco de Alagoinha-PE - Diocese de Pesqueira)

Mons. Edvaldo Bezerra da Silva (Vigário Geral - Arquidiocese de Olinda e Recife)

Pe. Moisés Ferreira de Lima (Reitor do Seminário Arquidiocesano)

Dr. Márcio Miranda (Advogado da Arquidiocese de Olinda e Recife)