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domingo, setembro 20, 2009

O PT e sua ética pró-aborto - Parte I


A grande notícia dos últimos dias é que os deputados federais Luiz Bassuma (PT-BA) e Henrique Afonso (PT-AC) foram punidos pelo Conselho de Ética do PT por suas posições contrárias à legalização do aborto.

É difícil escrever com mais ironia do que Reinaldo Azevedo já escreveu sobre o quanto é cômico o PT punir alguém por falta de ética. É isto aí! Para o PT vale tudo, desde dólares na cueca a quebra de sigilo bancário, passando, claro, por soltar uma grana para que deputados votem a favor de seus projetos. A única coisa que eles parecem que não toleram por lá é que algum de seus filiados ousem defender os não-nascidos.

É de admirar a luta do deputado Bassuma pela vida dos não-nascidos? Com certeza! Mas uma coisa que não posso fazer é me mostrar surpreso com a punição ou mesmo me mostrar indignado. Alguém poderia sinceramente esperar outra coisa que não o que pudemos ver?

O PT historicamente é um defensor da liberação total do aborto. Nos últimos tempos e com sua chegada ao poder federal esta luta criminosa só se intensificou. Dúvidas? Por exemplo, a então prefeita de São Paulo Luiza Erundina foi a pioneira do aborto "legal" no Brasil. É o presidente Lula, o petista-modelo -- o tal "católico a seu modo", by Cardeal Hummes --, que se tornou um ser bicéfalo, que acha que ao atuar como chefe de estado deve deixar seu catolicismo de lado.

E muitos outros exemplos podem ser trazidos: Min. Temporão, Min. Nilcéia Freire, etc., todos empenhados na liberação do aborto no Brasil, nem se para isto tenham que fazer o trabalhinho sujo de divulgar números fictícios. Este é o PT, este é seu estilo e seu método.

E é por tudo isto que não compartilho nem da surpresa e nem da indignação que muita gente, até mesmo no meio pró-vida, sobre a punição dos deputados. Não me causa surpresa pois o PT já usou de sua autoridade para esmagar outros parlamentares no passado que se posicionaram contra o aborto; e não me causa indignação, pois isto seria uma reação falsa de minha parte, já que eu esperava algo como o que aconteceu.

O que me surpreende na verdade é que o deputado Bassuma, em entrevista concedida a uma rádio, diga que "O PT está perdendo sua alma". Com o perdão do nobre deputado, mas quando foi mesmo que o PT teve uma alma que seja digna de admiração? Foi quando Erundina inaugurou o primeiro serviço de aborto "legal" no país? Ou será que foi quando o PT colocou em seu programa de governo que a legalização do aborto era uma de suas metas? Ou será ainda que foi quando as lideranças parlamentares petistas impediam os deputados contrários ao aborto de estarem presentes em importantes votações?

Que alma é esta, deputado Bassuma? A alma do mensalão? A alma da corrupção? A alma de um presidente, um modelo de petista!, que tem a cara-de-pau de invocar "princípios cristãos" em carta a bispos brasileiros, mas que por trás cuidava da liberação do aborto? É esta a alma de que estamos falando?

Em minha humilde opinião, o deputado Bassuma faria muito melhor se já tivesse saído do PT há muito tempo. Melhor ainda se jamais tivesse por lá pisado. E seria fantástico se ele realmente se pusesse a combater o mal pela raiz quando falamos de aborto: o PT e seus congêneres esquerdistas.

Mas o que temos na verdade é que o nobre deputado, mesmo diante da realidade que mostra por completo o abortismo do partido do qual ele faz parte, mesmo sendo empurrado para ocupar uma posição de pária entre seus colegas, mesmo assim o deputado fica preocupado com a perda da alma do PT.

Ora... Faça-nos um favor, deputado: abra os olhos! Abra-os bem e veja que seu partido é uma das fontes do mal da liberação do aborto em nosso país. Muito melhor seria se o senhor saísse daí o quanto antes e denunciasse ao país que ser pró-vida e ser petista são identidades impossíveis de serem conciliadas.

É hora de os petistas que insistem em se dizer pró-vida façam logo sua opção. Ou se é uma coisa ou outra, e isto, que já estava mais do que claro, agora ficou completamente impossível de que alguém esconda-se sobre acrobacias retóricas para justificar sua filiação a um partido que tem compromisso com o assassinato de bebês não-nascidos. Há bem pouco sentido, por exemplo, de petistas esconderem-se sob o manto de frases vazias --
"Eu acho que a gente não muda as instituições trocando de barco" --, como fez o então candidato petista à prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Alessandro Molon.

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Continuar lendo a Parte II.

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