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quarta-feira, julho 07, 2010

Prazeres estranhos


Uma das coisas que mais me surpreendem entre os favoráveis ao aborto é seu pessimismo em relação à vida. Onde Deus colocou a vida, eles teimam em enxergar morte; onde há o início, só vêem o fim; onde há uma oportunidade para a Graça, só imaginam a oportunidade para o fim de uma vida, que é tão humana quanto a de qualquer um de nós.

É este o exato caso dos bebês que sofrem de anencefalia. Onde muitas mães e pais conseguem ver a beleza da vida, muitos abortistas só enxergam a morte. E é exatamente este pessimismo que faz toda diferença. A verdadeira escolha é a de amar ou não. Abortistas sempre escolhem o caminho que distancia do amor, e é isto que é o mais triste...

Diferente, porém, é o caso de quem sente alguma alegria ou prazer ao saber de um aborto. Uma das falas abortistas mais repetidas aqui no Brasil é a de que "Ninguém aborta porque gosta"; como já dito em outra postagem neste blog, isto é só mais uma das obviedades criadas nos porões de ONGs abortistas, nada novo.

Mas se quem aborta jamais o faz porque gosta, parece que há gente que anda tendo prazer ao saber de abortos ou ao menos ao contribuir por mínimo que seja para este ato hediondo. Foi exatamente isto que uma usuária do Twitter anunciou ao mundo através de sua conta:
"Na sexta-feira tive o prazer de entregar um alvará autorizando o aborto de um feto anencéfalo. Coisas que só a Defensoria Pública faz por vc" (original aqui)
Talvez seja esta uma das misérias humanas que mais demonstra a mancha do pecado que está em nós: o prazer de ver o sofrimento alheio. Não há animal que sequer se aproxime disto...

É muito triste que o sofrimento alheio seja oportunidade para que alguém tenha qualquer tipo de prazer. E quando se fala de aborto, é sofrimento o que vem à mente.

Na verdade, tudo são escolhas. Se uns escolhem a vida e outros a morte, há atualmente aqueles que escolhem ter prazer com as escolhas que levam ao sofrimento. É mais ou menos como um espectador de uma execução pública que ali vai não para presenciar a justiça, mas para sentir prazer quando a corda aperta o pescoço do criminoso.

Ou podemos imaginar os cristãos que eram entregues aos leões para deleite do público devasso da antiga Roma. Quando as feras destroçavam os corpos dos mártires, regando a areia com sangue santo, não faltava nas arquibancadas quem ali estivesse sentindo prazer, não faltava quem aplaudisse. Quem diria que quase dois milênios após estes fatos ainda teríamos entre nós pessoas que escolhem estar na arquibancada enquanto o sangue de outros é vertido? E isto só por prazer!

Mas nem mesmo precisamos ir tão longe no tempo para procurar paralelos. Abaixo seguem algumas imagens que guardam duas coisas em comum: alguém está sofrendo e há aqueles que sentem prazer com isto ou que estão indiferentes a este sofrimento.


A anencefalia de um bebê é um sofrimento para todos os envolvidos. Os pais têm a difícil missão de amar seus filhos muitas vezes por um período bem curto, mas a oportunidade de amar está dada e é o amor que nos faz humanos.

Rir-se do sofrimento alheio ou sentir prazer nisto, bem ao contrário, faz-nos descer mais baixo que a mais irracional das bestas. E é exatamente isto o que acontece com quem sente prazer em entregar uma autorização que levará à morte um ser humano portador de grave deficiência. No mínimo, é um prazer estranho. Estranho e que contribui para que a pessoa torne-se um pouco menos humana.


Mas como tudo trata de escolhas, prefiro fechar esta postagem tão pesada com o testemunho daqueles que escolheram o amor, que é a única resposta possível. Neste site podemos ver o testemunho de pais e mães de filhos portadores de anencefalia.

É o testemunho destes pais e mães corajosos que me dá muita alegria! Mesmo em meio a dificuldades enormes, escolheram amar. E tenho certeza que Deus os olhará com carinho especial.

Ao menos é bem melhor que ficar aplaudindo enquanto uma vida se vai... Pode ser que haja mesmo coisas que só a Defensoria Pública faz, mas os males à nossa alma somos nós mesmos que fazemos.

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