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quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Eliane Catanhêde precisa checar seus dados sobre aborto

A jornalista Eliane Cantanhêde, da Folha de São Paulo, precisa urgentemente checar seus dados. Hoje, em sua coluna no site da Folha de São Paulo, ela escreveu o seguinte:
"No caso do aborto, Dilma fica na posição do "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Como mulher, ela precisa avançar na discussão sobre o aborto legal, baseada numa questão de saúde e humanitária --já que milhares de mulheres morrem por abortos clandestinos. Como presidente, ela não pode virar as costas à forte bancada evangélica e principalmente à parcela religiosa da sociedade, que não é nada desprezível."
Como a colunista estava falando de Dilma e de Brasil, imagina-se que ela esteja limitando seus números ao nosso país. Da mesma forma, é de se imaginar, como é comum, que a conta seja o número de abortos anuais. Pois bem, a parte em negrito, as tais milhares de mortes decorrentes de abortos clandestinos, são uma ficção presente na imprensa brasileira e Eliane Cantanhêde só ajudou a mentira se sustenar um pouco mais. 

O caso, porém, é que os números do próprio governo desmentem o que foi divulgado pela jornalista. 

Conforme já foi mostrado aqui em texto anterior, o número de mortes constantes no DATASUS é muito inferior ao que a jornalista divulgou. O que podemos ver de 1996 a 2007 é o que segue na tabela abaixo:



De 1996 a 2007, a média é de 10 mortes maternas anuais. Milhares? Nem perto disto...

Mas quem gosta de ficar fazendo contas macabras são os abortistas. Aos pró-vida, que são o lado da história que prefere preservar tanto a vida da mãe quanto a do bebê, uma morte é sempre um drama e que poderia ser evitada. Aos abortistas, os números de mortes maternas servem de "argumentação" para venderem mais fácil a furada tese de que o aborto é apenas um problema de Saúde Pública. E é exatamente por isto que, para eles, no melhor estilo do PT-quando-era-oposição, quanto pior, melhor.

Típico dos abortistas, também, é simplesmente ignorar que a cada aborto "bem feito" o que é eliminado é uma vida humana. Eis um dado que Eliane Cantanhêde esquece de fornecer... E este sim, com certeza, ultrapassa dezenas de milhares.

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